Uma caixa cheia de garrafas pet!!!! Este foi o material que levei para realizar uma atividade com a turminha do berçário. Contudo, dentro das garrafas novas surpresas: vários objetos e materiais sonoros e coloridos, pois o meu objetivo era estimular a a interação entre os pares, além de estimular a exploração visual e auditiva dos pequenos.
Assim, em cada garrafa coloquei elementos presentes em nosso cotidiano:
- macarrão
- cotonetes
- água com glitter
- água com botões de peixinhos
- bolas de gel
- lacres de latas de refrigerante
- bolinhas de gude
- miçangas
- lápis de cor
- giz de cera
- gel com glitter
- palitos de picolé
- canudos
- água com areia colorida
- plumas
- escovas de dente
- arroz
- sal grosso
- colheres descartáveis para sobremesa
- água com eva picado
- água com detergente líquido
- água com anilina
- feijão
- papel laminado, etc
Após, tomei o cuidado de lacrar bem a tampa, para evitar que os bebês abram e, em seguida, deixei todo o material na caixa, no meio da sala, e fiquei observando o que poderia acontecer. Assim que avistaram a caixa no chão, vários bebês se aproximaram correndo e começaram a tirar as garrafas de dentro, sorrindo e observando o conteúdo de cada.
Deixei que explorassem o material livremente, e observei as diferentes reações do grupo, o olhar de descoberta, o sorriso de satisfação e fiquei maravilhada com as várias formas de brincar que eles criaram. Este momento é de suma importância, pois se o professor já diz o que tem que fazer sem respeitar a criança como produtora de conhecimento, não permitirá que ela descubra por si mesma. Sobre essa questão posso citar a autora Tacyana Ramos (2012) que destaca a necessidade de:
"[...] desenvolver um 'olhar' que permita ao professor entender a participação da criança como coautora das práticas pedagógicas, pautadas numa postura de acolhimento e incentivo às diversas manifestações infantis" (p.19).
Observar os bebês foi, sem dúvida, um momento de grande aprendizado para mim, pois é observando o que fazem, como fazem, como se comunicam que aprendemos sobre eles.
A Isabella soltou um gritinho ao perceber o som do lápis de cor que estava em uma das garrafas. Já a Maria preferiu pegar várias ao mesmo tempo, mas deixou algumas cairem no chão, pelo fato de estarem pesadas, pois ela pegou várias garrafas com água dentro.
O Octávio se divertiu com a garrafa com bolinhas de gude, e tentou colocá-las na boca por três vezes, depois pegou a garrafa com água e areia e ficou batendo no chão.
Quando o Leandro se aproximou da caixa (ele engatinhou até ela), em um primeiro momento não quis pegar garrafa nenhuma. Olhava para os outros que brincavam, olhava para mim e olhava para a caixa. Eu disse que poderia pegar as garrafas para brincar e ele rapidamente pegou uma e sorriu.
Quando o Leandro se aproximou da caixa (ele engatinhou até ela), em um primeiro momento não quis pegar garrafa nenhuma. Olhava para os outros que brincavam, olhava para mim e olhava para a caixa. Eu disse que poderia pegar as garrafas para brincar e ele rapidamente pegou uma e sorriu.
No final do dia havíamos descoberto várias brincadeiras com as garrafas: brincamos de tomar suco, brincamos de ouvir os diferentes sons, cantamos e usamos as garrafas como chocalhos, colocamos as garrafas em pé e depois chutamos para vê-las cair..., enfim, foi divertido e um momento de grande aprendizado para todos.
É necessário, portanto, como afirma Tacyana Ramos (2012, p.82), "[...] garantir um espaço brincante no berçário [...]", valorizando assim, os aspectos do desenvolvimento de cada bebê, respeitando suas escolhas e limites, propondo encaminhamentos que atendam às suas necessidades e priorizando situações desafiadoras e ricas em aprendizagem significativa.
Fica a dica! Até a próxima postagem!
************************* Professora Mara **********************************